Como estão amigos? Pequena pausa no blog por motivo de saúde, alergia agarrou em mim e tem umas duas semanas que ando sem ânimo e energia. E não sou só eu, molecada me acompanhando, mas graças a Deus estamos bem melhor e como prometi hoje vou começar a contar para vocês histórias de amor de mãe, de mães que geraram no útero e no coração.
Já contei aqui ( clica nos nomes) a minha história de adoção e das minhas amigas Claudia e Kátia Marcon, histórias lindas que emocionaram muita gente. Mas sempre percebo que apesar de mostrar lindas histórias, as pessoas continuam a relacionar a idéia de que adoção a impossibilidade de gerar um filho, o que aos meus ouvidos soa como " maternidade estepe", e não concordo com isso, a adoção é para quem quer acolher em seus braços um filho que não gerou, e tem muita gente que tem a oportunidade de viver os dois tipos de " gestação", e essas pessoas nos ensinam que o amor tem muitas formas
Tenho muitos amigos que são pais adotivos, e poderia trazer lindas histórias todos os dias quase, mas para esse mês que comemoramos o dia das mães e também o Dia Nacional da Adoção (25/5), escolhi histórias de mulheres que tiveram seus filhos biológicos e mesmo assim adotaram.
A primeira que vocês conhecerão por aqui é minha amiga Dani Costa, mãe de quatro filhos. Linda, competente, batalhadora, amiga de coração !
Com vocês a Dani...
Família muito querida !
"Em Dez/06, grávida do Matheus, entrei no fórum do meu bairro para pedir informações sobre adoção.
Ficaram espantados em ver uma mulher grávida entrando com pedido de habilitação para adoção.
Não tinha como explicar, apenas estava buscando um sonho. Queria ter vários filhos, se possível, ao mesmo tempo. Nunca apreciei a ideia de ter filhos em momentos diferentes, por isso, com a gravidez biológica fui atrás da adoção que era meu desejo de sempre.
Porque quis adotar? Porque queria ter filhos e para mim nada mais era do que uma forma de tê-los.
Os próximos cinco meses foram marcados por muita expectativa. Em mai/07 o Matheus nasceu por cesárea e, uma semana antes do nascimento, minha gravidez emocional foi habilitada (entramos na tal fila).
Nosso perfil sempre foi amplo, queríamos mais de uma criança. Inicialmente pensamos em até 6 anos, mas depois de amadurecer a ideia, modificamos nosso perfil para até 10 anos.
Sabíamos que, na maioria dos casos de insucesso, o “problema” eram com os adotantes, que não sabiam tratar suas expectativas. Então buscamos nos preparar da melhor forma possível: participávamos de grupos de apoio, líamos livros específicos, acompanhávamos blogs de adoção, convivíamos com outros adotantes, etc.
Preparamos toda família extensa para quando as crianças “nascessem” para nós, tudo estivesse perfeito.
E assim foi.
Após 15 meses de habilitação, fomos chamadas pela Vara da Infância para uma conversa. Chegando lá, nos apresentaram um caso: um grupo de irmãos já destituídos do pátrio poder, sendo gêmeas com 2 anos e menino com 8 anos. No mesmo dia fomos ao abrigo conhecê-los.
Logo, entrei em trabalho de parto, sabia que aumentaríamos nossa família.
Em menos de duas semanas, iniciamos a adaptação com as crianças. Foram três meses necessários para que tudo desse certo. Todo final de semana nos víamos, passeávamos, conversávamos, enfim nos conhecíamos.
A ficha foi caindo: Matheus sentia ciúmes dos demais, a logística de ir e vir com todos (principalmente 3 bebês com fralda e mamadeira) me deixava assustada, começamos a perceber a responsabilidade de tudo aquilo que estávamos vivendo, mas ao deitar a cabeça no travesseiro, sabia que um sonho estava se realizando e eu estava muito feliz.
Uma semana antes do Natal de 2008, conseguimos a guarda-provisória. Tinha certeza ali, que jamais sairiam da minha casa e do meu coração.
Em julho de 2009 conseguimos a guarda definitiva. Pronto, processo finalizado. Enfim éramos uma família completa.
Não consigo hoje me imaginar sem meus filhos. Marcus, Sol, Giovanna e Matheus apesar de estarem há pouco tempo na minha vida, estão eternamente no meu coração.
Nossa adoção foi perfeita. No prazo esperado. Sem problemas de adaptação.
Mas nada disso seria possível se não tivesse muito apoio de toda a minha família e especialmente do pai dos meus filhos, Homero, que acima de tudo é minha vida, pois compartilhou comigo todos os anseios, angústias e alegrias.
E assim somos a família “Costa Bonini Rodrigues”.
Daniela.
Agora com vocês os presentes da Dani:
Matheus
Marcus
Giovanna e Sol
Uma maternidade não excluí a outra e uma não serve para " trazer" a outra, não acredite naquela sua tia avó que diz " A sobrinha, da prima, da filha , da vizinha, da minha colega disse que a irmã dela adotou e engravidou em seguida", adoção não é tratamento para infertilidade, não é estepe, adoção é amor, compromisso e generosidade também! Generosidade de nossos filhos que nos aceitam como pais com todos os defeitos que temos e nem pensam em nos devolver!
Beijos e em breve vocês irão conhecer minhas amigas, Suzana, Beatriz e Yara...ficarão tão fãs quanto eu!